sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O que vem pela frente

Rodrigo Amarante - o que esperar do seu disco solo em 2012?
Ano novo. 2011 já ali no retrovisor. É hora de especularmos sobre o que de interessante vai acontecer na música brasileira neste 2012 que caminha a passos largos.

Pois bem.

Não é segredo pra ninguém (muito pelo contrário) que o chamado sertanejo universitário, cujos representantes maiores hoje em dia são Paula Fernandes e Michel Teló, e que outro dia mesmo eram Victor e Léo e Luan Santana, é a música pop brasileira por excelência. Tá, pode-se discutir isso pesando uma coisa ou outra. Mas não dá pra discutir que é o sertanejo universitário que ainda garante os bons negócios feitos pelas grandes gravadoras no mercado fonográfico brasileiro. Sabendo disso, pra tristeza de uns e alegria de muitos - como disse num texto passado -, não será neste ano que a febre sertaneja irá passar. Certamente, teremos mais um grande hit de Teló, ou algum novo nome surgindo com mais uma música chiclete estourada nas rádios do país. Enfim.

Do outro lado, na música dita independente (entenda-se, com liberdade artística, mas sem grandes somas de dinheiro em investimento e retorno), há esperança de uma produção mais diversificada, ainda que isso não seja garantia de qualidade. Bons discos são esperados para o primeiro semestre, ou pelo menos boas novidades de diferentes partes do Brasil. As apostas vão de Gaby Amarantos, exportadora do tecnobrega, ritmo paraense já conhecido por nós aqui no Maranhão, mas com pouca visibilidade fora do Norte, a Rodrigo Amarante, que ainda não lançou disco em carreira solo depois do recesso dos Los Hermanos, banda da qual é vocalista e compositor.

Agora é esperar para ver que bons, ou não tão bons, ventos irá trazer 2012 para a música brasileira.

Publicado no caderno 'Na Mira' do Jornal 'O Estado do Maranhão' no dia 10.02.2012